Pai é preso por engravidar filha de 12 anos em Maruim, a 30km de Aracajú
Policiais da 12ª Delegacia Metropolitana de São Cristovão prenderam um homem acusado de pedofilia e estupro contra a filha de 12 anos. A prisão foi efetuada no final da tarde de quinta-feira, 4, na cidade de Maruim, a 30km de Aracaju. De acordo com o delegado que cuida do caso, Ronaldo Marinho, o homem, de 46 anos, mantinha relações sexuais com a adolescente há quase um ano.
“Há mais ou menos três anos o indivíduo trabalhava no Estado de Minas Gerais, quando no final de 2009 ele veio pegar a filha em São Cristovão para morar com ele. A partir daí ele começa a tratar a menina como mulher, obrigando-a a manter relações sexuais”, explica.
O delegado conta que os abusos seguiram até o início de outubro deste ano, quando o homem retornou à Sergipe com a menina grávida. “Em 3 de outubro, eles voltaram à São Cristovão com a filha grávida. Ele contou à mãe da menina que ela tinha engravidado do filho de um fazendeiro em Minas Gerais, e que inclusive tinham retornado fugidos de lá por causa disso”, relata. Mesmo com a adolescente confirmando a história, a avó duvidou.
Denúncia
Ronaldo Marinho, delegado que cuida do caso |
Desconfiada, a avó da menina começou a sondá-la sobre a história contada pelo pai, até que a adolescente confessou os abusos que sofria. A partir daí, a mãe da vítima, a adolescente e uma representante do Conselho Tutelar denunciaram o fato na 12ª delegacia. “Foi quando nós decretamos a prisão do homem e o prendemos em Maruim, na tarde de ontem [4]. A perícia constatou que a menina já está no oitavo mês de gestação”, observa o delegado Ronaldo.
Depoimento
No depoimento dado à polícia, o acusado confessou o crime e disse que gosta muito da filha, mas desconfia que não seja seu pai biológico. “Ele falou que sabe que o que fez foi errado, mas tinha dúvidas sobre a paternidade. Por isso, não se sentia totalmente culpado pelo que fez. Ele ainda disse que, se necessário, casaria com a menina”, afirma Ronaldo.
O delegado não divulgou a identidade dos envolvidos por questões de segurança da vítima. Segundo ele, a menina poderá sofrer uma revitilização, onde existe a transformação da vítima do crime e dos olhares da sociedade.
Crime
“O que ele fez é crime, independente se a menina aceita ou não tudo o que aconteceu. O acusado responderá por estupro, por um crime hediondo. Agora nós iremos concluir o inquérito e remeter o caso à justiça”, conclui o delegado Ronaldo Marinho. O pai da menina já foi levado à delegacia Plantonista e será encaminhado ao presídio.
Por Victor Hugo e Kátia Susanna
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