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APENAS UMA REFLEXÃO...

“O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Na há princípio que não seja desmedido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas idéias aumenta a cada dia. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... a agiotagem explora o juro. A ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas é dramático. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do país. Não é uma existência; é uma expiação. Diz-se por toda parte: O país está perdido!”
As palavras acima foram escritas em 1871, por Eça de Queiroz e são terrivelmente atuais. Por todos os cantos e recantos deste nosso imenso país, vemos as frases de Eça cada vez mais aplicáveis. Conseguimos avanços, é bem verdade, porém esses estão na seara tecnológica ou nas fórmulas da macro economia, que afetam bem pouco o dia-a-dia do brasileiro.
O fato é que, como bem diz Arnaldo Jabor, não temos mais futuro; somente presente. O que era antes o é agora. E nós, trancados em nosso mundinho municipal, não nos apercebemos disso. Precisamos acordar do nosso sono profundo, levantar do nosso berço esplêndido e tomar consciência da grande besta que se abateu sobre o amado Brasil.
            Estamos perdidos, os governos estão perdidos: Federal, Estadual e Municipal. Só nos lembramos da nossa grande fragilidade quando grandes catástrofes naturais acontecem e nos faz lembrar que  “O Haiti é aqui!”. O Estado, abstração da soberania popular, já não consegue dar conta dos nossos problemas, muitas vezes às soluções governamentais quando tentam resolver impasses, criam outros maiores. O governante, por exemplo, para se livrar das sanções impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal prefere a demissão de pais de família a um estudo mais acurado de baixa de gastos desnecessários com o funcionalismo público, esquecendo-se, no entanto,  que estes mesmos problemas foram criados por ele próprio quando das eleições, onde a manutenção do poder é premissa maior para o cometimento de ilegalidades.
Vivemos os tempos em que, alguns governantes, preferem fechar-se em seu gabinete, achando-se senhor de todas as decisões e como um líder imperialista sua voz é ordem, ele é o dono do cofre, síndico do poder municipal, chefe do jus imperi (!). Decerto que algumas decisões administrativas devam ser tomadas na solidão do poder, porém muitas delas serão ineficazes e não trarão benefício algum para a população. O governante solitário ofende um dos princípios basilares da Administração Pública: Dividir para melhor Administrar. Parafraseando Luis Inácio “Nunca antes na história deste País” a democracia foi tão plena ao ponto de oferecer, aos governantes, a oportunidade de dividir seu poder, oriundo do sufrágio universal, com seus colaboradores com o fim de as decisões correrem o menor risco do erro, da injustiça. Infelizmente, alguns não conseguem enxergar, ou quando sabe, sua arrogância é tão grande que lhe tapa a visão. Esquece-se do povo, esquece-se dos seus aliados e dos seus colaboradores.
O pior é quando sua dissimulação chega ao ponto de transformá-lo em vítima, refém do seu poder e da sua ignorância, recolhe-se em seu mundo, alheio ao sofrimento e as dificuldades de um povo sem cultura, sem saúde e sem educação. Nem mesmo o respeito aos poderes Legislativo e Judiciário o força a perceber que, não se governa sozinho. O progresso de um Município é resultado de um esforço conjunto, onde os três poderes e a sociedade civil organizada são molas propulsoras da ordem, da economia e da democracia.
            Ao longo de nossa história, alguns desalmados têm subido ao poder, travestidos de uma humildade podre que seduz até mesmo a elite intelectual do nosso Município e o povo, pensando ter encontrado o caminho do progresso, ver-se num túnel escuro, sem saída, descendo cada vez mais à masmorra da mentira.
Nós, o povo, estamos cansados de mentiras, cansados de descaso e de promessas vãs, mas como bem disse Eça de Queiroz estamos sonolentos e inertes, dormimos e sonhamos com dias melhores e como na ilha de Lost, esperamos acordar de um pesadelo cada vez mais presente em nossa realidade.
A sinopse destas palavras não é um desabafo, nem tampouco é o soneto de uma vingança recolhida, é um alerta, um devaneio de uma mente ávida por esperança, de um soldado da justiça, de um estudante das leis e um amante do progresso humano.

Antônio Dagoberto de Jesus Rios.
Administrador de Empresas
Acadêmico em Direito V

Em 26 de janeiro de 2010.

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