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www.leomagalhaes.com.br Olá! Seja muito Bem Vindo(a) ao Maior Portal de Notícias do interior do Estado da Bahia. Você fica bem Informado  Jaguarari-BAHIA, 29 de Maio de 2025.

Uma Ribeira do Amparo sem Maquiagem

Mesmo sendo uma cidade pequena, Ribeira do Amparo infelizmente é uma cidade desorganizada

Ribeira do Amparo é uma cidade tranquila, de moradores que ainda cultivam a cultura, com suas festas tradicionais, dentre elas as festas da padroeira de Barrocas, Raspador, Boa Hora e da sede. Essas festas acontecem principalmente nas praças públicas, geralmente projetadas para serem bonitas, agradáveis, porem hoje vivem na decadência.

Mesmo sendo uma cidade pequena, Ribeira do Amparo infelizmente é uma cidade desorganizada, a maior parte do seu patrimônio publico está praticamente abandonado. Bancos de praças quebrados, quadras esportivas danificadas, espaços abandonados que serviam de comércio, ruas esburacadas e cheias de mato, constituem a nova “cara” do Município de Ribeira do Amparo.

Hoje o povoado de Barrocas é um dos mais prejudicados com o descaso, suas praças estão em pleno abandono precisando urgentemente de reparos, e no mesmo estado encontram-se as ruas da comunidade. 

“Aqui as praças estão praticamente extintas, só são realmente limpas e feito algum reparo quando se aproxima dos festejos de Santa Cruz (a padroeira do povoado), mas, no decorrer do ano nenhum reparo é feito e quem se encarrega de “cortar” a grama são os animais que invadem a rua à noite. E a situação das ruas, prefiro nem falar, as imagens falam por si só”, diz Viviane Vieira, moradora do povoado.

Ribeira como quase todas as cidades do Brasil, já evoluiu tecnologicamente, principalmente nos meios de comunicação, exemplo disso é o numero crescente de pessoas que possuem aparelho celular. Entretanto, nem todos dispõem dessa tecnologia, e utilizam então os telefones públicos, ou utilizariam, se por acaso estivessem funcionando, como é o caso do povoado de Barrocas. 

“Os 10 orelhões só funcionam às vezes, e quem não possui um telefone celular ou fixo que precisa fazer uma ligação é necessário pedir emprestadado encarecidamente para alguém que os tenha”. Diz: Alcione de Jesus, moradora.



Os descasos não só acontecem nos povoados, um exemplo disso é o antigo mercado da carne que se localiza na sede do município, o mesmo foi fechado pela vigilância sanitária e nada foi feito com o espaço que hoje serve de moradia para pragas urbanas, e o mesmo acontece com o antigo açougue de Barrocas e Raspador. Tanto espaço abandonado, com o município carente de espaços destinados ao lazer, dentre outras coisas. 

Mas o descaso não para por ai, pois não é somente a área urbana que precisa de sérios reparos, mas também na zona rural, onde se encontra boa parte da população. Um exemplo desse descaso rural acontece na fazenda Juremar a 28 km da sede, onde um poço artesiano foi praticamente desativado a cerca de quatro anos e nada foi feito para solucionar o problema. A localidade se encontra, portanto, sem água potável, e alguns moradores chegaram a ate se mudar, pois não aguentaram a escassez da mesma. Alguns ainda continuam, mesmo que para isso seja preciso percorrer cerca de 2 km² para conseguir encontrar água em tanques. Algumas casas possuem cisternas (reservatórios que captam água das chuvas através das calhas), mas não possui um tratamento adequado para ser considerada potável. 

“Olha desde o dia que esse poço parou de funcionar, todos mesmo não tiveram um dia de sossego, pois é todo dia que eu ando 1 km² e tem gente por ai que anda ate 2 km² para poder encontrar água que não é boa não, bebemos porque não tem jeito, durante esses anos todos a única melhoria foi a construção das cisternas que o governo fez, mas nada se compara a um poço que tem água o ano todo, e boa por sinal. Uns dizem que o poço quebrou e não tem mais concerto, outros dizem que roubaram o motor , para falar a verdade eu não sei é de nada, só sei que estamos a ponto de morrermos de sede pois ninguém toma nenhuma providencia”, desabafou Maria Enau, moradora da localidade.

Os moradores não sabem se o descaso é por falta de verba ou por falta de motivação, mas sabe-se que desde primeiro de janeiro ate o mês de outubro de 2011, entraram mais de 17 milhões de reais nos cofres do município. 

Mesmo assim ainda acredita-se em uma Ribeira do Amparo melhor, e que ela venha de maneira que não seja preciso reparos, pois se os reparos de hoje vierem no pacote é melhor deixar o endereço em branco.

Caso dos esgotos

Sem opção, os moradores do povoado de Barrocas tentam solucionar o problema dos esgotos.

Vendo que o poder público não está tomando providência com relação ao caso dos esgotos, moradores se arriscam para tentar diminuir o odor insuportável. Um risco eminente é o da dengue, já que os esgotos a céu aberto é onde se pode encontrar grande parte desses insetos danosos para a saúde. 

“A única opção que temos é tentar esgotar um pouco dessa água, para ver se esse odor desaparece um pouco, sei que estou correndo risco de ficar doente, mas o odor é insuportável então não tem jeito acabo me arriscando”, diz Mariza dos Santos, moradora do povoado de Barrocas.

Um dos piores esgotos a céu aberto se localiza ao lado do posto de saúde do povoado, ou seja, nem mesmo na unidade de saúde os moradores estão seguros de contrair uma doença. O povoado de Barrocas possui dois vereadores e ate hoje nada foi feito para solucionar o problema.

Por: Michele Menezes / Linha da Notícia

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