O Cantor Eduardo Costa já foi Vendedor de Picolé
Ex-vendedor de picolé, mineiro venceu a fome apostando no sonho de se tornar cantor e compositor
Certas vezes, nem ele, quando se olha em um dos espelhos de sua bela mansão na Pampulha, consegue acreditar que se trata, mesmo, de Eduardo Costa – o menino pobre que, como milhares de outros, sonhou com o sucesso. Seu último CD, Tem tudo a ver (Universal), o oitavo da carreira e com participação especial de Zezé di Camargo e Luciano, já está na lista dos mais vendidos em São Paulo, Belo Horizonte, Ribeirão Preto e Brasília. O romantismo também é o forte do novo álbum. Os arranjos das faixas Exemplo de paixões, Amores imortais e Ninguém é de ninguém são assinados por ninguém menos que Eduardo Lages, o maestro de Roberto Carlos.
Se o filho de lavradores sem terra de Abre Campo é uma das estrelas da nova música sertaneja, com cerca de 2 milhões de discos vendidos e avião próprio, comprado por R$ 6 milhões, as coisas nem sempre foram assim. “Aos 11 anos, quando vim com meus pais para Belo Horizonte, o trem ficou feio. Não tenho vergonha de dizer que até fome nós passamos. Cheguei a dormir na rua, a vender picolé e balas na Praça da Estação. Fui servente de pedreiro e carregador de saco no Ceasa. Fiz um monte de coisas para sobreviver, mas sem abandonar o sonho de ser cantor”, conta Eduardo.
PERIFERIA
Ele e a família moraram em vários bairros na periferia da capital, como Palmital, Cristina e São Cosme, além de Contagem, Lagoa Santa, Santa Luzia, Ibirité e Juatuba, municípios da Grande BH. No Palmital, diz ainda ter vários amigos. Lá, comprou uma casa para não se esquecer das origens. O ídolo sertanejo, que saiu de casa aos 14 anos e passou a viver sozinho, confessa: se não fosse o sonho de ser artista, poderia ter se envolvido com as drogas, como vários amigos.
“Sempre achei que poderia ser humilde, muito pobre, mas também conseguir as coisas. Essa vontade de ser alguém na vida, como graças a Deus acabou se realizando, foi o que me ajudou a segurar a barra, a não me desviar do caminho que havia traçado”, afirma o cantor e compositor.
CAMPANHA
Uma das primeiras oportunidades de Eduardo mostrar o seu trabalho ocorreu durante campanha eleitoral, quando ele morava em Juatuba. O amigo Juninho o convidou para se apresentar no comício de uma candidata a prefeita. “Agarrei aquela chance com unhas e dentes, dei o melhor de mim. O público gostou e começaram a surgir convites para cantar em barzinhos e em festas particulares na região”, relembra.
Artista da noite, Eduardo conta que sofreu “mais que sovaco de aleijado”. Sentiu a necessidade de gravar o primeiro CD, para tentar descolar algum dinheiro, pois o que ganhava mal dava para comer e pagar o aluguel do barracão. Com a cara e a coragem, juntou uns poucos trocados, pagou o estúdio e soltou o disco, em 2003, com 23 composições suas e de outros artistas . Ocorreu, então, uma coisa curiosa: um amigo lhe disse que Coração aberto, uma das faixas do álbum, não era dele, mas estava no CD de Zezé di Camargo.
“Descobri que minhas músicas estavam tocando por todos os lados, e as pessoas achavam que quem cantava era mesmo o Zezé, pois meu timbre de voz se parecia com o dele. Então, consegui chegar em quem pôs o nome e a foto do Zezé no meu disco. Esclarecemos as coisas”, explica.
A partir de então, com a ajuda desse homem que o “vendia” como se fosse o sertanejo famoso, os convites para shows começaram a surgir. Entre eles o da gravadora Velas – dos compositores Ivan Lins e Victor Martins – para Eduardo lançar o primeiro CD profissional.
PARCERIA COM AS ESTRELAS
Aos 29 anos e sem se deixar embriagar pelo sucesso, como ele mesmo diz, Eduardo Costa, no disco Tem tudo a ver, assina faixas com colegas famosos como Alan (da dupla Alan e Alex), Rick (do Rick e Renner) e Bruno (de Bruno e Marrone). “Essas parcerias são muito importantes, enriquecem o trabalho. A cada CD convido alguém para cantar comigo. Nesse último, tive a alegria de ter a companhia de Zezé di Camargo e Luciano”.
Eduardo admite: por algum tempo houve certa desavença entre ele e Zezé di Camargo devido à semelhança de vozes: “Fizeram muitas fofocas por aí, falando que ele não gostava de mim e vice-versa”. Mas tudo isso são águas passadas. O próprio “filho de Francisco”, depois de um telefonema do colega mineiro, propôs que gravassem juntos. Juro que te esqueço, de Zezé di Camargo e Piska, já é uma das canções mais tocadas nas rádios.
Na semana que vem, Eduardo segue para turnê nos Estados Unidos. Oitenta por cento de sua agenda para 2010 está preenchida, mas ele ainda promete gravar DVD no ano que vem.
Fonte: Carlos Herculano Lopes - EM Cultura
Ele e a família moraram em vários bairros na periferia da capital, como Palmital, Cristina e São Cosme, além de Contagem, Lagoa Santa, Santa Luzia, Ibirité e Juatuba, municípios da Grande BH. No Palmital, diz ainda ter vários amigos. Lá, comprou uma casa para não se esquecer das origens. O ídolo sertanejo, que saiu de casa aos 14 anos e passou a viver sozinho, confessa: se não fosse o sonho de ser artista, poderia ter se envolvido com as drogas, como vários amigos.
“Sempre achei que poderia ser humilde, muito pobre, mas também conseguir as coisas. Essa vontade de ser alguém na vida, como graças a Deus acabou se realizando, foi o que me ajudou a segurar a barra, a não me desviar do caminho que havia traçado”, afirma o cantor e compositor.
CAMPANHA
Uma das primeiras oportunidades de Eduardo mostrar o seu trabalho ocorreu durante campanha eleitoral, quando ele morava em Juatuba. O amigo Juninho o convidou para se apresentar no comício de uma candidata a prefeita. “Agarrei aquela chance com unhas e dentes, dei o melhor de mim. O público gostou e começaram a surgir convites para cantar em barzinhos e em festas particulares na região”, relembra.
Artista da noite, Eduardo conta que sofreu “mais que sovaco de aleijado”. Sentiu a necessidade de gravar o primeiro CD, para tentar descolar algum dinheiro, pois o que ganhava mal dava para comer e pagar o aluguel do barracão. Com a cara e a coragem, juntou uns poucos trocados, pagou o estúdio e soltou o disco, em 2003, com 23 composições suas e de outros artistas . Ocorreu, então, uma coisa curiosa: um amigo lhe disse que Coração aberto, uma das faixas do álbum, não era dele, mas estava no CD de Zezé di Camargo.
“Descobri que minhas músicas estavam tocando por todos os lados, e as pessoas achavam que quem cantava era mesmo o Zezé, pois meu timbre de voz se parecia com o dele. Então, consegui chegar em quem pôs o nome e a foto do Zezé no meu disco. Esclarecemos as coisas”, explica.
A partir de então, com a ajuda desse homem que o “vendia” como se fosse o sertanejo famoso, os convites para shows começaram a surgir. Entre eles o da gravadora Velas – dos compositores Ivan Lins e Victor Martins – para Eduardo lançar o primeiro CD profissional.
PARCERIA COM AS ESTRELAS
Aos 29 anos e sem se deixar embriagar pelo sucesso, como ele mesmo diz, Eduardo Costa, no disco Tem tudo a ver, assina faixas com colegas famosos como Alan (da dupla Alan e Alex), Rick (do Rick e Renner) e Bruno (de Bruno e Marrone). “Essas parcerias são muito importantes, enriquecem o trabalho. A cada CD convido alguém para cantar comigo. Nesse último, tive a alegria de ter a companhia de Zezé di Camargo e Luciano”.
Eduardo admite: por algum tempo houve certa desavença entre ele e Zezé di Camargo devido à semelhança de vozes: “Fizeram muitas fofocas por aí, falando que ele não gostava de mim e vice-versa”. Mas tudo isso são águas passadas. O próprio “filho de Francisco”, depois de um telefonema do colega mineiro, propôs que gravassem juntos. Juro que te esqueço, de Zezé di Camargo e Piska, já é uma das canções mais tocadas nas rádios.
Na semana que vem, Eduardo segue para turnê nos Estados Unidos. Oitenta por cento de sua agenda para 2010 está preenchida, mas ele ainda promete gravar DVD no ano que vem.
Fonte: Carlos Herculano Lopes - EM Cultura
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