INSEGURANÇA EM CRISÓPOLIS, DE QUEM É A CULPA?
Sem delegado de Polícia, escrivão, agente e viatura, o sistema de segurança pública do Município de Crisópolis “está à beira de um colapso”. A população de mais de 20 mil habitantes sofre com o preocupante número de furtos, roubos e homicídios.
Sem delegado de Polícia, escrivão, agente e viatura, o sistema de segurança pública do Município de Crisópolis, localizado a 215 km de Salvador, "está à beira de um colapso". A população de mais de 20 mil habitantes sofre com o preocupante número de furtos, roubos e homicídios, reclama o promotor de Justiça João Paulo Schoucair, lamentando o fato de o Estado, mesmo ciente da situação, não ter adotado nenhuma providência para sanar o quadro de abandono. Motivado por essa carência e situação de insegurança da comunidade local, o promotor ajuizou uma ação civil pública contra o Estado da Bahia, requerendo, em caráter liminar, a disponibilização de policiais militares e civis para atuarem no Município.
Segundo o representante do Ministério Público estadual, em Crisópolis, a Polícia Civil "está totalmente abandonada", restando aos oito policiais militares que lá atuam garantirem a segurança da população. Entretanto, ressalta o promotor de Justiça, ante o gozo de férias e licenças, resta apenas um policial por dia à disposição da comunidade, que sobrevive com a sensação de insegurança. Numa matemática fácil conclui-se que a média de habitantes por policiais militares e civis no município é, respectivamente, de 2.522 e 20.179 para um, muito superior ao recomendado pela Organização das Nações Unidas, que é de 250 habitantes para cada membro da polícia. João Paulo Schoucair acrescenta ainda que o insuficiente número de policiais tem repercutido negativamente nos trabalhos do Ministério Público e do Poder Judiciário, pois não existem agentes para garantir a segurança das atividades ministeriais e forenses, e nem mesmo para acompanhar detentos a audiências ou efetuar a condução coercitiva de testemunhas.
Relatando, na ação, que a Polícia Civil do município não tem quota para combustível e está carente até mesmo de materiais de consumo, sendo também "deplorável a situação da Delegacia, que aprisiona seus detentos em três frágeis celas, cada uma com capacidade para três pessoas, sem qualquer tipo de cama e instalação sanitária idônea", o promotor de Justiça solicita que a Justiça determine liminarmente que o Estado disponibilize 40 policiais militares, um delegado, oito agentes e um escrivão e uma viatura para a Polícia Civil. Quando julgada a ação, requer João Paulo Schoucair que seja o Estado obrigado ainda a fornecer o combustível necessário ao fiel desempenho das atividades das polícias e a realizar a reforma da carceragem da Delegacia. De acordo com ele, a Constituição Federal apresenta segurança pública como direito fundamental e social e dever do Estado, dispondo a Constituição do Estado da Bahia que segurança pública é assunto de competência do Estado, sendo seu dever organizar e manter a Polícia Civil e a Militar.
Por: www.mp.ba.gov.br / Comentários : Carlino Souza
Sou dessa cidade e fiquei decepcionado com a situação de crisópols.O governador tem feito algumas vizitas à cidade,então eu pensei que estivesse tudo bem,já que o mesmo parece ser um político bem atuante; salvo se eu estiver enganado. Um abraço.
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