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www.leomagalhaes.com.br Olá! Seja muito Bem Vindo(a) ao Maior Portal de Notícias do interior do Estado da Bahia. Você fica bem Informado  Jaguarari-BAHIA, 07 de Abril de 2025.

Fernando Mota: Triste Pedro Alexandre!

         A seca é cíclica. Tem a ver com a natureza climática. Mas também com o dedo do homem, ou melhor, a mão e o machado, a motosserra e as queimadas. 

         A ação irracional do homem, no que se refere ao desmatamento, traz como consequências a destruição da biodiversidade, a erosão e empobrecimento dos solos, enchente e assoreamento dos rios, a diminuição dos índices pluviométricos, elevação das temperaturas, a desertificação, entre outras.

         Mas, entre os homens, um agente há que existe, que ao tempo resiste, que por isso mesmo persiste na manutenção da famigerada figura sinistra que é - o politiqueiro, o agente mais perverso do flagelo da seca. 

         A seca corrói a natureza geográfica, ele (politiqueiro) o coração, a dignidade e a alma das criaturas – vidas secas. 

Em Pedro Alexandre, município do semiárido baiano, a 427 km da capital, a seca terrível tudo seca: fontes, sonhos, pensamentos, vidas. Enluta a paisagem e a torna desértica. Suscita prantos, suspiros, lamentos, endechas. 

         Parodiando a bela letra do poema do poeta baiano Gregório de Matos, digo: “Triste Pedro Alexandre, oh quão dessemelhante”! 

Como se não fosse muito a seca que é peculiar a tua sina, padeces também em virtude dos efeitos do vírus da politicalha que te arruína e dilacera a honra e a dignidade de teus filhos.

         Ai de ti, terra minha, que geme as dores do parto fatídico! Quem te imaginou não sonhara com tamanha perversidade. Quem te fecundou (ou te fecunda), desfigurou-te o semblante, escondeu-te entre os escombros das cidades anônimas, colocou-te no auge das vergonhas nacionais. 

Arrancaram (e ainda arrancam), de tuas entranhas, tudo quanto não lhes pertence. De teus filhos e filhas, saqueiam oportunidades e direitos e os escravizam em teus próprios braços. 

         “Triste Pedro Alexandre, oh quão dessemelhante”! 
         Então, filho(a) desta terra querida, desentala da garganta esse grito de liberdade! Dize “não” aos aventureiros! Aclama os homens e mulheres de boa vontade!

Autor: Fernando Mota
Presidente do DM/PT-Pedro Alexandre

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