Política x Instituto de Opinião Pública

 Política x Instituto de Opinião Pública        
                                                      

Fazer　o papel de　"Pai de Santo" e tentar adivinhar as coisas, não é o meu forte. Todavia, ao se falar em eleições e políticas　não há alternativa: o jeito é fazer especulações do assunto. Mesmo que as informações de bastidores não tenham a credibilidade de uma informação oficial　para ser publicadas a pedido das fontes e/ou em observância à ética. Farei uma breve consideração sobre o processo eleitoral em Sitio do Quinto e o que penso sobre tudo que já vem sendo comentado nos bastidores e os fatos publicados na mídia local.

Segundo o que se noticia na mídia local vindo dos　cientistas políticos　 de plantão, existe uma pesquisa de opinião encomendada somente para consumo interno. Algumas delas não merecem sequer ser mencionada, tamanha a cara de pau de alguns institutos que transportam para o papel, não a opinião dos entrevistados, mas uma manipulação de dados que servem apenas para massagear o ego de alguns pré-candidatos.

No tocante às candidaturas nada oficialmente declaradas, apenas no boca a boca, tendo em vista que os pré-candidatos ainda não podem exibir as certidões e externar a vontade de gritar em alto e bom som que realmente　"sou candidato de fato",　tendo em vista que dois dos postulantes ainda não resolveram suas pendências junto ao TSE, mas mesmo assim já articulam　no sentido de angariar apoios para as respectivas candidaturas caso passem.

Em uma campanha política, além das arrumações para alcançar os ambicionados votos que levarão o candidato ao êxito, é preciso saber quem vai pagar ou de onde virão os recursos para tal.

As últimas campanhas políticas em Sitio do Quinto, notadamente, foram uma verdadeira enxurrada de dinheiro despejada na disputa pela cadeira do executivo e outras, ainda maiores, pelas vagas no Legislativo. Isso não será diferente desta vez. Quem pretender ocupar uma dessas　cadeiras precisará rapidamente captar　recursos, muitos recursos.

Baseado nisso, vem à pergunta: dos postulantes ao cargo de prefeito, e vereador, quais terão condições isoladas de viabilizar financeiramente uma campanha limpa com recursos próprios　sem a ajuda da máquina publica ou de terceiro "agiotas"? A resposta é simples: NENHUM.

Em recente conversa com alguém da alta cúpula dos partidos de oposição em nossa cidade,　disse-me em alto e bom som que, Tabaqueiro é um pré-candidato com reais chances de vencer e se depender de recursos (dinheiro) os amigos irão tentar viabilizar　para que ele dispute em igualdade de condições a eleição municipal. A exemplo, de um automóvel comprado por amigos de longas datas "presente de aniversario". Sabe-se lá com quais intenções.

Sem querer ser o dono da verdade, acredito que os outros também terão o mesmo problema, se　a captação de recursos não for possível e a insistência for continuada virar persistência, vira　meros coadjuvantes. Alguns deles buscam espaço para no futuro tentar uma composição que lhes rendam apoio financeiro para postularem vaga no Legislativo. Outros querem mesmo é ser indicado vice ou uma secretaria no futuro governo. Esconderão até onde o conveniente for limite para tomar uma decisão, sem importar com ideologias, pragmatismos ou ética eleitoral.

PDT - Situação com Cleigivaldo

  O prefeito Cleigivaldo (PDT) concorrerá à reeleição. É algo previsto desde antes de ter tomado posse, em janeiro de 2009. O que poderia ter desenvolvido em um período tão curto? Não imaginava que sua passagem pelo cargo seria tão conturbada?

  O fato de reconhecer que, num período tão complicado quanto um ano com eleições municipais, não daria conta de administrar sua cidade, buscar de novo o voto popular e comandar　uma prefeitura ao mesmo tempo é algo complicado, principalmente quando sua administração não foi e nem está　lá essas mil maravilhas.

Portanto, o prefeito está preocupado　é mais em resolver sua pendência pré-eleitoral, focado em outubro. Quando as eleições tiverem passado e independentemente do resultado das urnas, alguns dirão que ele está mais preocupado com seu futuro político; outros talvez achem sua atitude responsável, por admitir as próprias limitações.

Não é nada confortável a situação do até antão pré-candidato, Cleigivaldo　não consegue crescer nas pesquisas eleitorais, algo que está desagradando setores do seu grupo político. Mesmo aparecendo em casamentos, aniversários, batizados e tantos outros encontros, e aglomerados,　Cleigivaldo não consegue "decolar". O homem não cresce em popularidade, por que será?

É fácil observar que　Cleigivaldo estagnou de forma contundente nas pesquisas, mas, em minha opinião ele pode reagir　quando os profissionais da política entrar em campo com um monte de dinheiro para ser gasto nas milionárias campanhas. Creio que as forças políticas da oposição jamais conseguirão com facilidade um patrocinador de recursos financeiros sem hipotecar garantias　redundantes também em 2012.

Cleigivaldo leva uma imensa vantagem pelo fato de estar no comando da máquina publica, onde tem a seu serviço as ferramentas da educação, saúde, transporte, programas sociais, entre outras regalias proporcionadas pela a máquina publica. Sendo assim, só falta um líder que convença a população que política se faz com cumplicidade e que, assim como pregou Jesus, não se deve servir a dois deuses.

PSC - Oposição com Antonio Tabaqueiro

　 Aqui quero deixar bem claro o apreço que tenho pela pessoa do Sr. Antonio Marques do Nascimento, vulgo (Tabaqueiro) como pessoas é um ótimo sujeito. Mas, como administrador, não aprovo sua forma de governar. Com relação às eleições deste ano　ainda é uma incógnita sua pré-candidatura. Segundo comentam nos corredores da Assembleia é que as pesquisa de intenção de voto o coloca em primeiro lugar, segundo conversa extraoficial que circula na Assembleia Legislativa, especialmente no gabinete do deputado Marcelo Nilo (PDT). Dizem que ele　ocupa o primeiro lugar mesmo que nunca se tenha ouvido de sua boca que o resultado dessa pesquisa lhe é favorável.

Se, realmente vir confirmar a tese, os partidos podem conseguir viabilizar financeiramente sua campanha, Tabaqueiro deverá vir forte e pregando o papel de　"Bom Samaritano"　com um planejamento estratégico como lema. Pesa contra sua candidatura a perda de boa parte de sua base política e a sua rejeição por parte de　 alguns segmentos da　população, tendo em vista as péssimas administrações no seu currículo. Mas para isso é preciso passar pela a peneira do TSE, ou melhor, da Lei "Ficha Suja".

Apesar de liderar as pesquisas Antonio Tabaqueiro (PSC) terá grandes dificuldades em compor um grupo forte para disputar em caráter de igualdade com outros candidatos que nesse quesito está há anos luz a frente.

Mesmo com　apoio, Tabaqueiro sentirá na própria pele que, em política, o jargão　"aqui se faz, aqui se paga",　estará no seu encalço e a formatação de um grupo de apoio vai dar muito trabalho a ser formado.

Tabaqueiro terá que saber se desvencilhar do tema　"Rejeição" e provar que pode realmente ser candidato, apesar de não ter feito outra coisa a não ser correr atrás de recursos jurídicos para garantir a permanência do seu nome no rol dos pré-candidatos de fato, viabilizando assim　forças para que seus objetivos sejam alcançados.

Outro fato que trará dificuldade ao nobre pré-candidato do PSC será a escolha dentro do seu próprio grupo no sentido de indicar um substituto caso seja barrado. Os demais partidos aliados não têm em seus quadros candidatos com peso político para levar o nome do candidato majoritário às ruas. Sabe-se que dentro do seu grupo há vários postulantes de plantão na espreita de uma indicação.

PSD - A Terceira via com Carlos Reis

Penso ser pouco provável que a tão falada　"Terceira Via",　 a ser formado pelo o vice-prefeito Carlos Reis com o jovem partido (PSD) e sei lá mais quantos partidos será composta, não sairá do papel.

O ego do ser humano, e do político em particular é muito grande para que se chegue ao único termo que faria com que essa "Terceira Via" tenha viabilidade　politicamente. Financeiramente é desigual lançar um nome para disputar em condições igualitárias, uma vez que uma eleição em Sitio do Quinto custa os olhos da cara: Abdicação! Esse discurso de que o melhor colocado em pesquisa a ser encomendada em época apropriada será o candidato com o apoio irrestrito de todos os outros nunca colou e não será agora, creio eu, que irá colar.

Resta a eles buscar agasalhar-se nas candidaturas da oposição ou situação. Persistir nesse enredo trará sérios problemas, a não ser que essa seja uma estratégica voltada para um projeto futuro não muito distante 2016.

DEM - A indecisão com Dr. Elton

Em virtude de sua ausência no município, nos últimos anos essa perda política é natural. Mesmo assim não se pode descartar um projeto político que envolve o nome do Dr. Elton, e essa resistência em　não　querer por seu nome a contraprova e por ver inviável financeiramente sua campanha, consequentemente o seu silêncio é pura balela, isso tem provocado atrasos em outros projetos políticos. Vários caciques políticos em Sitio do Quinto aguardam saber que atitude tomará o Doutor para que possam　posicionar.

Especula-se que Dr. Elton será mesmo cabeça de chapa onde terá　o PSC de vice. Acho improvável que Tabaqueiro　abdique de lançar seu genro　pelos motivos acima mencionados. Por ser da família e já ter em seu currículo uma campanha e por ter sido bem colocado em 2008, em uma luta de igual com Cleigivaldo. Considerando que estarão juntos outra vez em outubro próximo contra o próprio　Cleigivaldo ou ouro indicado por ele　caso não passe na peneira do TSE também.

Na política nunca haverá acordos para a manutenção da legitimidade porque ela não aceita mentiras.

Que fique claro que essa avaliação é pessoal e minha maneira de ver a situação nesse momento, pois, como me disse certa vez um amigo, antigo político e que vez ou outra soltam verdadeiras pérolas do vocabulário político,　"política é como nuvem, você olha tá de um jeito, você olha coça o olho olha de novo e mudou tudo". Pode crer, o amigo está coberto de razão, tudo pode mudar!

Adalvo Andrade