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Seca na Bahia é destaque na Folha de São Paulo

Com reservatórios quase secos, 57 cidades baianas já racionam água.

Nos últimos meses, tenho abordado aqui no blog os prejuízos que a seca e a falta de ações do governo estadual têm ocasionado a centenas de municípios da Bahia. Em maio, postei um vídeo (assista abaixo), feito na microrregião de Irecê, mostrando os efeitos devastadores da estiagem na vida dos baianos. De lá para cá, a única mudança perceptível foi no número de prefeituras em estado de emergência, que pulou de 220 para 244.

Nesta segunda-feira (4), o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem sobre o avanço da seca do sertão nordestino para as áreas urbanas, o que vem gerando racionamento de água. De acordo com a matéria, os reservatórios de pequenos e médios municípios entraram em colapso e não estão dando conta de assegurar o fornecimento de água para milhões de pessoas.

Dentre as nove unidades federativas da Região Nordeste, a situação mais grave é a da Bahia, onde 57 cidades já limitam o abastecimento de água. A previsão é que, ainda este mês, outras 22 comecem o racionamento.

Esse quadro confirma a inexistência de projetos estruturantes do governo baiano para amenizar os problemas da seca. Ao contrário do que apresenta em suas bonitas propagandas do Programa Água para Todos, a construção de importantes barragens e adutoras está bem atrasada, caminhando a passos de tartaruga.

Em três anos à frente do Ministério da Integração Nacional, entreguei e garanti a realização de importantes obras para o nosso estado. A Barragem do Gasparino, em Coronel João Sá, e a liberação dos recursos para a construção da Adutora de Guanambi foram algumas conquistas da minha gestão.

Contudo, muito ainda precisa ser feito, especialmente pelo Executivo estadual. Os recursos estão disponíveis. Basta o governo da Bahia apresentar os seus projetos. Uma tarefa fácil, se eles existissem. Como, infelizmente, essa não é a nossa realidade, temos que apelar para as forças divinas e esperar pelas chuvas, que só devem chegar em outubro.

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