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Nova Soure-BA: Justiça afasta delegado acusado de tortura e abuso de autoridade

A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Estadual e decidiu afastar o delegado da cidade de Nova Soure, pelos crimes de tortura, prevaricação e abuso de autoridade.

Tortura, prevaricação e abuso de autoridade. Suspeito de ter cometido esses crimes, o delegado de Nova Soure (a 225 km de Salvador), José Renato Flores da Cunha, foi afastado de suas funções pela Justiça, que atendeu ao pedido formulado pelo Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Leonardo Quintans Coutinho.   A decisão do juiz Marcelo Luiz Santos Freitas tem caráter liminar e objetiva garantir a ordem pública e a tranquilidade dos policiais e demais envolvidos no processo de instrução criminal, vez que a Justiça considerou que, caso permanecesse no cargo durante as investigações, o delegado suspenso poderia "oferecer perigo", constando na denúncia do MP indícios da prática de "diversos crimes relacionados ao exercício da função pública do denunciado".    A decisão da Justiça levou em conta fatos relatados na denúncia do MP, todos ocorridos com o delegado no poder e exercendo sua função pública. No dia 25 de julho de 2012, José Renato Flores da Cunha teria autorizado um candidato a vereador local a transportar, em seu veículo particular, um preso custodiado na delegacia de polícia de Nova Soure até o Fórum da cidade para que o detento lavrasse a certidão de nascimento do seu filho.   Outro registro revela que, em virtude de uma cobrança de aluguel, o delegado teria conduzido um inquilino devedor para que fosse torturado na delegacia, de modo a pagar o débito. Constam ainda da denúncia ministerial, relatos de que o delegado teria se apropriado de valores encontrados com um menor em conflito com a lei, que faria parte de uma sociedade em uma empresa de segurança, e ainda que José Renato Flores Cunha trataria as pessoas que procuravam a unidade policial "sem urbanidade ou respeito", havendo indícios ainda da prática de assédio moral contra servidores da delegacia, bem como da prefeitura cedido para trabalhar na unidade de polícia.   

Pesquisa do Carlino Souza no Ministério Público   

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