FIM DE UMA GESTÃO: E o preço para o fechamento das contas

"Em seu artigo 21, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o ato que resultar em aumento da despesa com pessoal será nulo se expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão".

Exonerações, transferência de cargos, pagamento de salários dos servidores atrasado, retirada de gratificações, anúncio de concursos públicos, ameaças contra servidores e abandono de obras. Estas são algumas denúncias que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) recebeu nestes últimos dias. Os acusados são os atuais prefeitos de diversos municípios paraibanos, em diferentes regiões do Estado. Em todos os casos, uma coincidência: são prefeitos que perderam as eleições no último dia 7 de outubro. Esse é o preço para o fechamento de uma gestao.

"O atual gestor foi reeleito para mais uma gestão. Em Sitio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho (PDT) disputou com seu ex-aliado vereador e presidente da Casa Legislativa Gelson da Jibóia (PTN)."

Mas, passada às eleições, as análises pós-eleitorais não trazem boas notícias para cleigivaldo. No mitiê político, as informações dão conta de que o prefeito desapareceu da prefeitura para tomar medidas drásticas, que podem custar-lhes caro no futuro.  Com relação a arrecadação – e a decisão de tentar economizar recursos para fechar as contas até o final da sua gestão, culminando em demissões de funcionários contratados e atrasos dos salários – que resultam em má prestação dos serviços públicos nos órgãos municipais, o gestor já não é mais olhados com bons olhos pelos eleitores e correligionários, segundo os comentários. Há quem diga que tudo isso não será esquecido, pois a péssima herança de uma gestão pode acarretar o desgaste político do prefeito.

No caso de Cleigivaldo, que enfrenta um fim de gestão melancólico, a situação é mais complicada. O alcaide precisa passar pelo crivo da Câmara de Vereadores por ter tido as contas do exercício 2010 e 2011 rejeitas pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Caso não consiga êxito no Legislativo, ou seja, o gestor já está impossibilitado de disputar cargo eletivo por oito anos. Culminando também com as contas do exercício 2012 que está por vir, qual o julgamento ficará a cargo da nova composição da Câmara que ocorrerá a partir do dia 01 de janeiro de 2013 a 2016.

Sitio News/Foto: Carlino Souza