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Wagner coloca interesses do PT e pessoais acima dos interesses da Bahia, diz Geddel

O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima (PMDB), falou hoje sobre a possibilidade da união dos partidos de oposição em torno de um único nome ao governo do Estado, mas negou a existência de um acordo com o prefeito ACM Neto (DEM) para que seu nome encabece a chapa majoritária. “Não há esse tipo de compromisso. Eu desejo ser candidato, mas não há ideia fixa para isso. Posso ser e posso não ser. Eu serei candidato se o meu nome for capaz de unificar vários partidos em torno das mesmas propostas. Se formos capazes de liderar esse processo, é claro que serei candidato. Senão, não serei empecilho em torno de alguém que possa fazer a Bahia avançar. O que não podemos é ver a Bahia perder o seu protagonismo no Nordeste. Já vamos para o sétimo ano de um governo que tem pouco de concreto”, afirmou, durante entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira. 
Geddel também criticou a “postura” do governador Jaques Wagner (PT) e a “postura” dos secretários estaduais. “Com todo respeito às pessoas dos secretários, mas eles não têm perfil de gestores. O governador é uma pessoa doce, gentil, mas ele não é aquele gestor que eu imagino para a nossa terra. A grande deficiência do governo Wagner é que ele termina colocando os interesses do partido e os seus interesses pessoais acima dos interesses da Bahia. (…) Na Bahia, a minha posição é clara e há muito estabelecida. Nós apoiamos a candidatura de Wagner em 2006 acreditando em mudanças na estrutura política e administrativa. Na estrutura política houve mudança, mas a mudança administrativa não se efetivou. O governo do Estado deixou de aproveitar as grandes oportunidades que a Bahia teve com o presidente Lula e com a presidente Dilma”. 
O ex-ministro afirmou ter errado ao apoiar João Henrique em 2008 e explicou os motivos. “Eu o apoiei e contribui com verbas para a sua administração. Conseguimos pegar um prefeito com 60% de rejeição e transformar em um candidato viável, tanto que ele foi reeleito. Depois de eleito, ele mostrou quem realmente é. Começou a mudar secretários, vivia naquele drama pessoal com a ex-esposa. Cometemos um equívoco? Sim. Fui iludido e conduzido a um fracasso que me cobra o preço até hoje. Mas foi a oportunidade que tive de trabalhar muito para Salvador. Em três anos de Ministério, deixamos marcas incríveis para Salvador”. O peemedebista também afirmou estar otimista em relação à atual administração municipal. “Eu vejo com muito otimismo o governo de ACM Neto. Ele montou uma equipe competente e por ser um político jovem tem muito mais tempo para fazer uma boa administração. Eu acho que ele vai fazer um bom governo”, finalizou.
Emerson Nunes - Política Livre

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