Morte do prefeito Dr. Procópio Alencar pode ter sido motivação política
O prefeito de Jussiape, na Chapada Diamantina, foi assassinado por volta das 9h deste sábado (24) dentro de casa. A primeira-dama e um gerente da Embasa também foram assassinados. O atirador, que era dono de um quiosque na praça onde ocorreram os assassinatos, foi morto em confronto com policiais. O crime chocou a cidade de 11 mil habitantes.
Segundo informações da delegacia do município, o atirador entrou no prédio e abriu fogo, atingindo o prefeito Procópio Alencar, 75 anos, na cabeça. De acordo com testemunhas, a primeira-dama Jandira Alencar chegava da feira livre, realizada aos sábados na cidade, quando foi atingida. Ela e o marido morreram na hora.
Segundo informações da delegacia do município, o atirador entrou no prédio e abriu fogo, atingindo o prefeito Procópio Alencar, 75 anos, na cabeça. De acordo com testemunhas, a primeira-dama Jandira Alencar chegava da feira livre, realizada aos sábados na cidade, quando foi atingida. Ela e o marido morreram na hora.
O gerente da Embasa, Oderlange Pereira, foi atingido pelos disparos. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Após o atentado, o homem foi em direção à feira livre, mas foi localizado por uma equipe de policiais da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin-Brumado) que chegaram ao município para dar início às buscas junto com agentes da Polícia Civil de Livramento, além de policiais da 46ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).
O homem, identificado como Coló do Quiosque, reagiu e atirou contra os policiais. Um deles foi atingido na perna. Segundo informações preliminares, um outro policial foi baleado e morreu.
O autor do atentado, que era proprietário de um quiosque no município, foi morto na troca de tiros. Ainda não foi divulgada a causa do atentado, nem se houve a participação de outros envolvidos. Os corpos das vítimas serão levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Brumado.
O secretário de Segurança Pública (SSP-BA) Maurício Barbosa, o delegado-geral da Polícia Civil Hélio Jorge, e o comandante da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, viajaram ao município na tarde de hoje para acompanhar as investigações.
Procópio Alencar (PDT) havia sido reeleito no cargo, com 58% dos votos, em outubro deste ano. Segundo a delegacia do município, os dois seriam riviais políticos nas últimas eleições.
Com a morte do prefeito, assume o vice, que permanece no cargo até dezembro. A nova gestão será realizada pelo vice-prefeito eleito junto com Procópio Alencar, Gilberto Freitas (PSC), 43.
Crime político
Segundo o presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista) estadual, Alexandre Brust, a morte pode estar relacionada à briga políticas na região. “Como dizem no interior, parece que ele assuntou”, explica Brust. Ou seja, o adversário político teria ido tirar satisfação com o prefeito que havia sido reeleito para um novo mandato. Brust também não descarta a possibilidade do atirador ter perdido alguma aposta com a vitória do Dr. Procópio, pratica também comum no interior baiano.
Brust ainda comentou que depois de matar o prefeito, o atirador estava indo atrás de Gilberto Dos Santos Freitas (PSC), vice-prefeito, mas foi alvejado antes. “É um fato lamentável. Um assassinado bárbaro, que lamentamos profundamente na política baiana”, resumiu Brust.
Quem confirmou presença no enterro do prefeito foi o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que viaja amanhã para Jussiape. Segundo Nilo, o enterro será na própria cidade, às 11h. “Ele era como um amigo para mim. Um médico de 75 anos, que já estava indo para o seu terceiro mandato”, acrescentou Nilo. O presidente não quis comentar as motivações do crime, mas salientou que não foi apenas um bandido. Segundo Nilo, havia mais dois criminosos: um que estaria ferido e outro que conseguiu fugir.
Colaborou a repórter: Luciana Rebouças
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